Pessoas, Pessoas, Pessoas…

“Diga-me, e esquecerei.

Mostre-me, e lembrarei.

Envolva-me, e compreenderei”

(Provérbio Chinês)

 

Gente é a variável mais importante para o seu consultório / clínica.

 

Quando inicio uma Consultoria & Mentoria primeiro me ocupo a entender as relações humanas estabelecidas em todo o negócio.

 

O meu parceiro em primeiro lugar, claro, ou sócios se for o caso. Depois suas relações familiares e como elas influenciam a tomada de decisões, as relações com colaboradores, fornecedores e o qualquer outra pessoa que porventura possa fazer parte de toda a engrenagem que é a entrega de um serviço de saúde.

 

Cuidar de pacientes é uma de nossas tarefas, cuidar de gente é a nossa vocação, ou deveria ser!

 

As relações humanas são complexas. Impregnadas de dogmas, paradigmas, condutas sociais, vaidades, sentimentos mesquinhos e mesmo a ética e a moral humana ainda não se desenvolveram a ponto de se estabelecer o mínimo de consenso social. Nos relacionamos com pessoas de todos os tipos.

 

Já tive clientes (profissionais de saúde) que confessaram não gostar de ter que “liderar pessoas”.

 

“Como assim? Se você se colocou numa profissão que é extremamente humana, que tem o Cuidado como propósito, que mexe com sentimentos profundos de dor, sofrimento, alívio, empatia… e diz que não gosta de liderar pessoas?”

 

Sim, muitos falam isto e não são poucos.

 

Assim, existe a clara necessidade de resinificarmos o que é trabalhar com gente!

 

Acredito que o problema nos relacionamentos profissionais seja multifatoriais, mas estes abaixo são os que mais encontro:

  • Colaborador não é competente para a tarefa

 

Ou seja, a pessoa está colocada numa função cujas tarefas não lhe são nem um pouco familiares, ela não tem “jeito pra coisa”. Isto pode ser uma falha de treinamento, mas geralmente o erro ocorreu no processo seletivo. Pois existem competências e habilidades que não cabe ao empregador treinar. Exemplo: se você contratou uma pessoa que não gosta de rir, ou fala baixo, ou tem péssima pronúncia para a sua recepção, o problema não está na pessoa! Você escalou mal o seu time!

  • Colaborador é funcionário

 

Só podemos chamar de colaborador uma pessoa que colabore para algo, e a maioria das pessoas que converso e trabalham nas clínicas, não sabem por que estão lá, quais são os objetivos do negócio, em que mais elas podem ser úteis. Você pode não acreditar, mas sua equipe quer trabalhar mais, ela apenas precisa de um FOCO, de um norte, e de um líder que vá sinalizando se estão indo bem ou não. Ter uma missão, ajuda nesse processo.

  • Equipes desmotivadas

 

Aqui existe um erro de conceito. Muitos donos de consultório / clínicas acreditam que eles sejam responsáveis por motivar suas equipes, e isto não é verdade, há aqui uma confusão de termos. Um líder pode estimular a sua equipe, motivar não. Motivação vem de motivo, e motivo é algo que as pessoas que trabalham com você devem possuir. O negócio tem um motivo, tem sua missão, cabe ao líder, estabelecer uma conexão entre o motivo individuais das pessoas com o motivo central do negócio.

 

Erramos? É passado… Vamos hoje, no presente, desenharmos um futuro mais consciente e responsável na odontologia.

 

#eusouofuturodaodontologia

 

Boraaaa !!!

Ricardo Lenzi